Vou
ser sincero: eu parei de jogar Resident Evil de verdade no 2. E
quando eu falo “de verdade”, quero dizer jogar como um jogo deve
ser jogado. Do começo ao fim.
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Resident Evil 1 e 2. Nunca superados! |
Não
sei se foi pelo fato de eu ser mais novo quando joguei pela primeira
vez Resident Evil, ou por puro saudosismo, mas os jogos seguintes não
me fizeram querer jogá-los da mesma forma que os dois primeiros
fizeram. Quando jogava um dos novos títulos era sempre na intenção
de ver se seriam tão bons quanto os originais. Nunca eram. Ainda
mais depois que a série se afastou do gênero terror e se aproximou
mais da ação, no Resident Evil 4 pra ser mais exato. Dali pra
frente, pra mim, a série tinha perdido completamente a graça. Tinha
deixado de ser um jogo de exploração e tensão para ser um jogo de
tiro. Simples assim.
Mas,
para a minha surpresa, parece que não sou o único a pensar assim,
tanto que a Capcom acaba de relançar o remake do Resident Evil
original, que já havia sido lançado em 2002 para o GameCube, só
que agora para a nova geração e em HD!
Ooooi! |
E
a que conclusão nós podemos chegar? Simples: Que apesar de tudo, de
toda evolução com relação ao gameplay, tornando ultrapassado o
esquema pré-renderizado dos jogos anteriores do Resident, e com essa
infinidade de shooters em primeira pessoa e jogos de guerra, ainda
assim uma boa parcela de jogadores, grande o suficiente pra instigar
uma produtora como a Capcom a investir em um remake, ainda prefere o
velho esquema de explorar, fugir e sentir medo. Porque? Porque
Resident Evil é um jogo de exploração. Porque a câmera estática
te deixa tenso sobre o que virá de cada esquina. Porque a munição
escassa te faz pensar duas vezes antes de dar um tiro. Porque
encontrar uma máquina de escrever depois de andar pra caramba é um alívio. É um jogo de Survivor Horror! Isso é que é
Resident Evil!
E
não! Não estou dizendo que os jogos que vieram depois são jogos
necessariamente ruins, somente que pra quem viu a série nascer como
um jogo onde o foco era a sobrevivência, ver um jogo onde a solução
é sentar o dedo em tudo mundo é frustrante.
E
você pode dizer que a Capcom quer simplesmente fazer dinheiro fácil
lançando um produto já consagrado, que Resident Evil Remaster é um
jogo pra todo mundo, dos mais velhos aos mais novos. Caça-níquel
puro. Mas ai eu pergunto: Será mesmo? Tive a prova que não. No dia
do lançamento eu comentei com um amigo, que é pelo menos 11 anos
mais novo que eu e fã de shooting games, se ele tinha visto o novo
Resident. Ele respondeu "Sim! Já comprei!", e completou
“Mas é muito difícil!”.
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É assim que você prefere? Então vai lá! O negócio aqui é outro... |
Pois
é meus amiguinhos. A geração "corre-e-atira" não vai
gostar necessariamente desse jogo. Ele é diferente do que eles estão
acostumados a ver como Resident Evil. Não é um shooter. Pra jogar
Resident Evil Remaster não adianta matar tudo que anda. É
necessário pensar e fugir. Não é um jogo de tiro, é um jogo de
exploração. Quer trucidar inimigos aos borbotões? Vai jogar
Left 4 Dead! Vai jogar Resident Evil 5! "You have once again entered the
world of survival horror", meu chapa. A pegada aqui é outra! Use a
cabeça!
E
pra finalizar: obrigado a Capcom por lembrar dos velhos exploradores
de mansão como eu!
É isso!
E você, o que você achou?
Deixe sua opinião!
(Hã?
Tava esperando uma “análise crítica sobre
gráficos-jogabilidade-enredo”? "Comparação entre as versões do
Xbox One e do Playstation 4"? "Se vale a pena comprar"? "Se eu gostei da iluminação"? Então tá. A
conclusão é a seguinte: Não importa! O jogo é bom! Compre e se
divirta!)
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