sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

RESIDENT EVIL HD REMASTER - O QUE É BOM SEMPRE VOLTA! (ou “Como uma mecânica velha pode não ser necessariamente ruim”)



Vou ser sincero: eu parei de jogar Resident Evil de verdade no 2. E quando eu falo “de verdade”, quero dizer jogar como um jogo deve ser jogado. Do começo ao fim.

Resident Evil 1 e 2. Nunca superados!

Não sei se foi pelo fato de eu ser mais novo quando joguei pela primeira vez Resident Evil, ou por puro saudosismo, mas os jogos seguintes não me fizeram querer jogá-los da mesma forma que os dois primeiros fizeram. Quando jogava um dos novos títulos era sempre na intenção de ver se seriam tão bons quanto os originais. Nunca eram. Ainda mais depois que a série se afastou do gênero terror e se aproximou mais da ação, no Resident Evil 4 pra ser mais exato. Dali pra frente, pra mim, a série tinha perdido completamente a graça. Tinha deixado de ser um jogo de exploração e tensão para ser um jogo de tiro. Simples assim.

Mas, para a minha surpresa, parece que não sou o único a pensar assim, tanto que a Capcom acaba de relançar o remake do Resident Evil original, que já havia sido lançado em 2002 para o GameCube, só que agora para a nova geração e em HD!

Ooooi!

E a que conclusão nós podemos chegar? Simples: Que apesar de tudo, de toda evolução com relação ao gameplay, tornando ultrapassado o esquema pré-renderizado dos jogos anteriores do Resident, e com essa infinidade de shooters em primeira pessoa e jogos de guerra, ainda assim uma boa parcela de jogadores, grande o suficiente pra instigar uma produtora como a Capcom a investir em um remake, ainda prefere o velho esquema de explorar, fugir e sentir medo. Porque? Porque Resident Evil é um jogo de exploração. Porque a câmera estática te deixa tenso sobre o que virá de cada esquina. Porque a munição escassa te faz pensar duas vezes antes de dar um tiro. Porque encontrar uma máquina de escrever depois de andar pra caramba é um alívio. É um jogo de Survivor Horror! Isso é que é Resident Evil!

E não! Não estou dizendo que os jogos que vieram depois são jogos necessariamente ruins, somente que pra quem viu a série nascer como um jogo onde o foco era a sobrevivência, ver um jogo onde a solução é sentar o dedo em tudo mundo é frustrante.

E você pode dizer que a Capcom quer simplesmente fazer dinheiro fácil lançando um produto já consagrado, que Resident Evil Remaster é um jogo pra todo mundo, dos mais velhos aos mais novos. Caça-níquel puro. Mas ai eu pergunto: Será mesmo? Tive a prova que não. No dia do lançamento eu comentei com um amigo, que é pelo menos 11 anos mais novo que eu e fã de shooting games, se ele tinha visto o novo Resident. Ele respondeu "Sim! Já comprei!", e completou “Mas é muito difícil!”.

É assim que você prefere? Então vai lá! O negócio aqui é outro...

Pois é meus amiguinhos. A geração "corre-e-atira" não vai gostar necessariamente desse jogo. Ele é diferente do que eles estão acostumados a ver como Resident Evil. Não é um shooter. Pra jogar Resident Evil Remaster não adianta matar tudo que anda. É necessário pensar e fugir. Não é um jogo de tiro, é um jogo de exploração. Quer trucidar inimigos aos borbotões? Vai jogar Left 4 Dead! Vai jogar Resident Evil 5! "You have once again entered the world of survival horror", meu chapa. A pegada aqui é outra! Use a cabeça!

E pra finalizar: obrigado a Capcom por lembrar dos velhos exploradores de mansão como eu!


É isso!

E você, o que você achou?

Deixe sua opinião!








(Hã? Tava esperando uma “análise crítica sobre gráficos-jogabilidade-enredo”? "Comparação entre as versões do Xbox One e do Playstation 4"? "Se vale a pena comprar"?  "Se eu gostei da iluminação"? Então tá. A conclusão é a seguinte: Não importa! O jogo é bom! Compre e se divirta!)

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